Publicada em 26/05/2022
Uma das inovações que a pandemia trouxe ao mercado é a crescente digitalização dos processos. Trata-se de algo que se intensificou diante da necessidade de as companhias distribuírem os produtos e, até mesmo, assinar contratos digitalmente. E um dos setores no qual essa tendência mais se consolida é o de seguros, particularmente no campo. Vale destacar que o PIB do agronegócio cresceu 5,8% no último trimestre do ano passado, em comparação com o anterior, quando o setor já apresentou avanços, apesar da piora da pandemia àquela altura.
Grande parte desses resultados positivos se deve ao investimento em tecnologia. A velocidade de implementação de inovações no setor tem trazido aumento na produtividade e na eficiência dos processos. Novas tecnologias e soluções aprimoradas devem contribuir ainda mais para o alcance de uma agricultura digital. É o que aponta o estudo Agricultura Digital no Brasil, lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No levantamento, a maioria dos entrevistados ressalta a necessidade cada vez maior do uso das tecnologias digitais para, principalmente, a obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade (67,1%) e o gerenciamento da área rural (59,7%).
Na visão do executivo, Frank Dorr, que atua em uma companhia de seguros, o sucesso desse cuidado com a gestão dependerá, de forma direta, da adoção de modelos operacionais digitais, principalmente no que se refere à área de seguros. “Muitas empresas já estão investindo em infraestrutura e tecnologias. Destaque para as soluções SAP, que permitem análise dos produtos e até sobre a meta de lucro das instituições, com base em critérios como foco no cliente, agilidade no produto, orquestração do negócio, gestão de força de trabalho, finanças, investimentos e relatórios”, afirma.
Seguro no campo
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas cerca de 20% da área cultivada no Brasil está segurada. “Esse número destaca as oportunidades potenciais de crescimento que podem ser exploradas nesse segmento. Dada a abrangência territorial e a diversidade do setor agropecuário brasileiro, é provável que as insurtechs e seguradoras tradicionais sigam o modelo de atuação que outros segmentos já vivenciaram – com ações comuns voltadas à aplicação da cultura de seguros nesse segmento”, avalia Dorr.
Vale destacar que o agronegócio responde por mais de 20% do PIB Brasileiro e, de 2018 a 2020, a área total segurada no Brasil passou de 4,6 milhões para expressivos 13,7 milhões de hectares. Um crescimento de mais de 190%. O dado é da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), com base nas estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e mostra uma grande área a ser explorada pelas seguradoras.
Fonte: https://opresenterural.com.br/intensificacao-da-automacao-no-campo-aumenta-produtividade-e-eficiencia-dos-processos/